A desvalorização impacta diretamente o poder de compra e, consequentemente, as finanças pessoais das pessoas. Mas por que isso acontece? Os motivos são variados, indo desde políticas monetárias até oscilações no mercado global.
Esses fatores geram consequências que ficam visíveis no aumento do custo de bens e serviços, tanto nacionais quanto importados.
Entender o que é desvalorização na economia, seus tipos e causas vai te ajudar a compreender melhor como ela afeta o seu bolso. Quer saber tudo sobre desvalorização? É só continuar lendo.
De forma simples, desvalorização é quando a moeda nacional perde valor em relação a moedas estrangeiras.
É um ajuste econômico natural, mas que também pode ser provocado pelas autoridades monetárias de um país.
Como resultado, costuma impactar os preços de bens e serviços, além do custo de dívidas em moedas estrangeiras.
Isso é o que chamamos de desvalorização em termos econômicos.
De Onde Vem?
O valor da moeda não está no papel ou metal em si, mas na riqueza que ela representa. Por isso, depende do respaldo e controle do Banco Central de cada país, que garante seu valor com as reservas de riqueza que administra.
No entanto, esse equilíbrio pode ser abalado por diferentes fatores. Por exemplo, quando a confiança na moeda diminui ou quando se imprime mais dinheiro sem que a riqueza do país aumente proporcionalmente.
A desvalorização está frequentemente ligada a fatores econômicos, internos e externos. Assim, diversos fatores podem fazer com que uma moeda perca valor.
Por isso, existem diferentes tipos de desvalorização:
Interna: Em regiões que usam uma moeda comum (como a Zona do Euro), existe a chamada desvalorização interna. Em vez de reduzir o valor da moeda, o país corta custos, como salários ou impostos. O objetivo é baixar os custos de produção para impulsionar as exportações.
Externa: Quando os custos de produção são elevados, os produtos locais perdem competitividade no mercado global. Ao desvalorizar a moeda, esses produtos ficam mais baratos internacionalmente, estimulando as exportações. Essa estratégia é comum em países com moeda própria, como o Brasil.
Competitiva: Conhecida como guerra cambial, ocorre quando vários países desvalorizam suas moedas para tentar se destacar no mercado internacional. No entanto, essas medidas tendem a ser temporárias, pois outros países respondem com desvalorizações semelhantes.
Fiscal: Busca reduzir impostos sobre a produção, tornando a indústria nacional mais competitiva sem desvalorizar a moeda. Por exemplo, é possível reduzir a carga tributária sobre os trabalhadores e, ao mesmo tempo, aumentar impostos sobre o consumo, como o ICMS, para equilibrar a arrecadação.
Além da emissão excessiva de dinheiro, que contribui para a desvalorização e gera pressões inflacionárias, outros fatores podem desencadear o fenômeno:
Instabilidade política e econômica
Especulação no mercado de câmbio
Dívidas externas insustentáveis
Déficit na balança comercial (importar muito mais do que exportar)
Aumento das taxas de juros em outros países
Decisões de política econômica
Apesar das consequências negativas da desvalorização, ela também pode trazer alguns efeitos positivos para setores específicos da economia.
Entre eles, destacam-se:
Estímulo às exportações: Os produtos nacionais ficam mais baratos para compradores estrangeiros, aumentando as exportações e beneficiando as empresas brasileiras que vendem para o exterior.
Incentivo ao turismo: A desvalorização torna o país mais atraente para turistas estrangeiros, já que seus gastos em reais se tornam mais baratos. Isso movimenta hotéis, restaurantes, transportes, e o comércio em geral.
Fortalecimento do consumo interno: Com a moeda desvalorizada, produtos importados ficam mais caros para os brasileiros, incentivando o consumo de produtos nacionais.
Atração de investimentos estrangeiros: A desvalorização reduz o custo dos investimentos no país para empresas de fora, que aproveitam os preços mais baixos para expandir suas operações.
Normalmente, esses benefícios são temporários e vêm acompanhados de desafios, como a inflação, que encarece produtos importados e reduz o poder de compra da população.
Entendendo o que é desvalorização, fica mais fácil enxergar como ela pode impactar suas finanças, dependendo da sua situação.
Como mencionado, o poder de compra é reduzido durante a desvalorização, pois os produtos ficam mais caros. Além disso, a perda de valor da moeda contribui para a inflação.
Em outras palavras, será necessário mais dinheiro para comprar um produto, especialmente se for importado, o que pesa no bolso do consumidor.
Por isso, muitas pessoas buscam proteger suas economias investindo ou guardando dinheiro em moedas mais fortes.
Mas atenção: há risco de fraudes em transferências bancárias, especialmente quando se utiliza métodos não verificados.
E as Viagens ao Exterior?
Elas ficam ainda mais caras. Por exemplo, se o real se desvaloriza e você planeja viajar para os Estados Unidos, será necessário mais reais para cobrir os gastos em dólares, a menos que você já tenha dólares guardados em carteiras digitais como o Google Pay ou em contas internacionais.
Apesar dessas consequências, há também um lado positivo: como o turismo é importante para a economia brasileira, a taxa de câmbio acaba atraindo mais visitantes estrangeiros.
Além disso, quem recebe remessas do exterior também é beneficiado, já que ao converter o valor em dólares ou euros para reais, recebe mais dinheiro. Da mesma forma, quem vende produtos ou serviços no exterior e recebe em moedas fortes também encontra vantagens durante períodos de desvalorização.
Existem algumas maneiras de se proteger da desvalorização:
Guarde seu dinheiro em ativos tangíveis, como imóveis ou investimentos mais estáveis, que preservam valor melhor do que simplesmente manter tudo em dinheiro.
Prefira produtos nacionais para reduzir o impacto da desvalorização no seu orçamento.
Mantenha uma reserva de emergência.
Revise seu orçamento e verifique se sua renda atual cobre os gastos sem comprometer sua estabilidade financeira.
Você recebe remessas ou pagamentos do exterior?
Baixe o DolarApp e abra sua conta em dólares digitais (USDc) para proteger suas economias contra a desvalorização.
Com essa ferramenta, você pode gerenciar seu dinheiro de forma prática.
Além de enviar ou receber USDc, pode converter para reais no melhor câmbio de mercado sempre que precisar. Assim, mesmo que ocorra uma desvalorização, você não precisará se preocupar tanto com suas reservas.
O Brasil já enfrentou diversas desvalorizações importantes ao longo de sua história.
Porém, três grandes crises se destacam:
Desvalorização de 1979-1983: Durante esse período, o país enfrentou forte crise econômica e um déficit na balança de pagamentos. A moeda brasileira perdeu grande parte de seu valor em relação ao dólar.
Crise de 1989-1990: Com a hiperinflação e a crise da dívida externa, o Brasil enfrentou uma severa desvalorização cambial.
O cenário foi acompanhado de congelamentos de preços e confiscos de poupança.
Desvalorização de 1999: Conhecida como "crise cambial", ocorreu após o fim do regime de câmbio fixo. O real passou de cerca de R$ 1,20 para mais de R$ 2,00 por dólar em poucas semanas, impactando fortemente a economia brasileira.
Desde então, o país não passou por desvalorizações tão drásticas, em parte devido ao regime de câmbio flutuante adotado pelo Banco Central do Brasil.
Então, o que é desvalorização?
É a perda de valor de uma moeda em relação a outras, podendo ocorrer por diversos motivos.
Quando acontece, afeta fortemente as finanças pessoais, já que o custo de vida aumenta.
Por outro lado, setores como turismo e exportações podem ganhar competitividade no mercado internacional. Quem recebe dinheiro do exterior também sente menos os efeitos negativos.
Por isso, o ideal é manter uma parte das suas economias em moedas fortes, e opções como o DolarApp oferecem essa possibilidade. Além disso, você não precisa se preocupar com limites de envio ou recebimento e pode converter seus USDc para reais sempre que desejar.
Os países têm fronteiras. Suas finanças, não mais.
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